
Governo prepara “ cinturões de segurança” para escoar mercadorias no país
“Algumas acções estão em curso para proteger os corredores, estamos a tentar criar cinturões de proteção ao longo do corredor do Maputo, desde a fronteira de Ressano Garcia [maior fronteira terrestre] até ao porto de Maputo”, disse Ministro dos TC.
Mateus Magala reconheceu a urgência de criar segurança nos corredores de desenvolvimento, com enfoque para o de Maputo, que tem sido alvo dos manifestantes, incluindo a vandalização das infraestruturas das instalações da fronteira de Ressano Garcia, que chegou a ser encerrada temporariamente.
“Neste momento estamos a falar com as autoridades sul-africanas para termos uma ação conjunta e ver o que podemos fazer face à avaliação da situação”, disse o governante, referindo que estão agendados encontros entre os dois Governos para buscar soluções para a proteção do corredor de Maputo.
“Há medidas concretas que estamos a desenvolver e estamos confiantes que isso vai ser possível. O não funcionamento de corredor certamente que todos vamos ser afetados pela falta de comida, de roupa, de oportunidades, de mobilidade e emprego e isso não será bom para ninguém”, prometeu o governante.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que congrega o sector privado, pediu ao Presidente da República garantias de segurança nas multinacionais incluindo escoltas militares nos principais corredores do país, disse em 10 de dezembro o presidente do órgão.
“Temos algumas multinacionais que estão em ‘démarches’ para declarar força maior, então alertamos para a necessidade de, enquanto decorrem atos urgentes da trégua, também há necessidade de ajudar a controlar os principais corredores”, disse o presidente da CTA, Agostinho Vuma.