Joaquim Chissano e Armando Guebuza Cobram Nova Lei Eleitoral e Instituições Independentes em Moçambique.
Em um evento realizado na cidade de Maputo, os ex-presidentes de Moçambique, Joaquim Chissano e Armando Guebuza, proferiram declarações contundentes sobre a necessidade urgente de uma nova lei eleitoral e a criação de instituições que operem de forma livre e independente do partido no poder. Os comentários foram feitos durante a abertura de um seminário voltado para a discussão do futuro político do país.
Chissano, que governou Moçambique de 1986 a 2004, ressaltou que a credibilidade do sistema eleitoral é fundamental para a consolidação da democracia. “Sem uma legislação eleitoral que promova a transparência e a justiça, não podemos pedir à população que confie em seus líderes políticos”, afirmou. O ex-presidente destacou a importância da participação cidadã e da observância de práticas democráticas nas próximas eleições.
Por sua vez, Guebuza, que assumiu o cargo em 2005 e deixou o poder em 2015, apoiou a proposta de revisão da lei, enfatizando que instituições eleitorais e de controle social devem estar livres de influências partidárias. “A independência das instituições é um pilar essencial para fortalecer a governança e assegurar processos eleitorais justos. O povo merece ter sua voz ouvida de maneira honesta”, declarou.
O seminário reuniu líderes de diversos setores, incluindo representantes da sociedade civil e acadêmicos, que discutiram o impacto que mudanças na legislação eleitoral poderiam ter sobre a estabilidade política e social do país. A pressão por reformas é crescente, especialmente com as eleições gerais marcadas para o próximo ano, onde as expectativas da população por um processo mais democrático continuam altas.
A demanda por uma nova lei eleitoral e por instituições independentes ganha força em um cenário político em que muitos cidadãos clamam por mudanças que garantam a integridade do sistema democrático em Moçambique. Leia mais...